quarta-feira, 25 de março de 2009

Data para as AC´s

Direito Civil: Direitos Reais: 15/06/2009

Direito Administrativo: 16/06/2009

Direito do Trabalho: 17/06/2009

Direito Processual Penal: Recursos e Execução: 18/06/2009

Direito Processual Civil: Processo de Execução: 19/06/2009

Linguagem Jurídica I

Transitar em julgado
Você já deve ter ouvido esta expressão numa frase como: “a ação transitou em julgado”, não é? Isso significa que houve uma decisão definitiva no processo, da qual não se pode mais recorrer, ou por que já foram interpostos todos os recursos possíveis, ou por que o prazo para recorrer foi ultrapassado.



Em carga
“O processo está com carga para o advogado”, “O processo foi levado em carga pelo advogado”, “Foi dado carga do processo ao promotor”. Essas expressões, não muito bonitas para padrões jornalísticos, significam apenas que o processo “está com” alguém. Ou seja, os autos foram entregues a alguém para consulta/análise fora do cartório judiciário.



Concluso com
Advogado e promotor levam ou recebem processos em carga. Em relação a juízes, desembargadores e ministros dos Tribunais Superiores, os processos vão conclusos a eles. Ou seja, diferentemente do que se diz para advogado e promotor, não se diz: “foi dado carga do processo ao juiz” e sim “o processo está concluso com o juiz”. Isso significa que os autos estão no gabinete do juiz, para que sejam analisados por ele, para dar seu despacho ou decisão.



Pedir vistas
É comum, por exemplo, lermos que certo julgamento no Superior Tribunal de Justiça (STJ) ou no Supremo Tribunal Federal (STF) foi interrompido depois de um pedido de vistas de determinado ministro. Em órgãos colegiados, como as Câmaras Cíveis ou Criminais dos Tribunais de Justiça (TJs) e as Turmas do STJ e do STF, os desembargadores e ministros, durante o julgamento de um processo, podem pedir vistas dos autos para posteriormente proferir o seu voto. Isso significa que ele precisa de tempo extra para levar o processo e analisá-lo, antes de emitir sua opinião nos debates e dar o seu voto em tal julgamento.



Abrir vistas
Os juízes dos processos podem abrir vistas dos autos para o Ministério Público, para que o órgão se pronuncie naquela ação. Advogados que não estejam atuando diretamente em um processo também podem pedir vistas dos autos para consulta, mediante autorização do juiz.

Nova lei do estágio e como é o dia a dia de um estagiário

Link extraído do site: http://direitoelegal.wordpress.com/category/processo/


Nova lei de estágio e um serviço externo legal

Entrou em vigor a nova lei de estágio, número 11. 788/08. Essa lei prevê coisas interessantes como férias remuneradas para estagiários que recebem bolsa-auxílio! E, como tudo que regulamenta o trabalho, a lei pode ser boa ou ruim para os trabalhadores. Isso porque, aumentando muito as exigências, o empregador pensa mil vezes antes de arrumar alguém (para trabalhar, claro!).

Então, como ser estagiário vai ficar mais legal, mas também mais difícil, resolvi passar aqui um pouco da minha pouca experiência como estagiária de Direito (tenho mais experiência como estagiária de outras áreas!) e, principalmente, como estagiária de serviço externo!

Ainda não tenho a carteirinha da OAB, então meu serviço externo já é limitado naturalmente. Mesmo assim, as histórias do meu trabalho externo dariam um livro, mas ainda estou pensando se posso publicar todas.

Seguinte: dia sim, dia não, eu tenho serviço externo. E eu adoro. Chego no escritório, abro o publicador, faço a interpretação, mando para o administrativo, eles devolvem a interpretação com as correções. Pego as pastas que têm que ser devolvidas, as peças que têm que ser protocoladas. Junto com a intepretação do publicador, junto com o dinheiro para cópias e lá vou eu!

Tive problema no início, quando eu não sabia coisas simples como “carga”. O que era fazer “carga”? Para quem está com vergonha de perguntar, fazer carga é pegar o processo no balcão! Para isso, você tem que tirar o Siscom lá em baixo antes de chegar na secretaria. Siscom? O que é Siscom? É um papelzinho, geralmente amarelo, que sai quando você digita o número do processo na maquininha. Ele informa qual a secretaria e os últimos andamentos do processo. Para o pessoal da secretaria, ajuda a localizar onde estaria aquele processo no meio do monte que eles têm.

Se você, como eu, ainda não tem carteirinha da OAB, fazer carga de processo se torna também um trabalho social. Além de levar autorização do advogado responsável, você tem que achar a procuração dele no processo e mostrar um documento que comprove que você é você. Porém, como algumas secretarias preferem só deixar a carga para quem tem a carteirinha, muitas vezes, é necessário explicar que você, não só é você, como também é uma pessoa legal, de boa família, com boas intenções etc. Mesmo assim, se não quiserem te entregar o processo, não insista muito, afinal, não queremos prejudicar ninguém. E ordens são ordens…

Outra coisa, se, ao invés de dar carga no processo (que você já sabe o que significa) você vai devolvê-lo, o ideal é esperar a secretaria dar baixa no caderno de controle ou no computador. Nada de largar o processo no balcão e ir para o outro andar. É assim que somem as coisas e desaceleram ainda mais o andamento da justiça. Você não vai querer ser responsável por isso, vai?!

Agora anote um kit para seu dia de serviço externo:

1) Roupa confortável com bolsos para guardar o dinheiro do escritório, vale-transporte etc.

2) Sapato baixo para as longas caminhadas.

3) Se tiver cabelo grande, leve gominha também.

4) Óculos de sol e filtro solar. Nem sempre a sua condução irá parar na frente do prédio.

5) Uma pastinha com muitos clips, os protocolos, a impressão dos publicadores interpretados, autorização dos advogados, procurações para juntar, substabelecimento se puder, rascunhos para anotar dados e informações, e, se possível, uma cópia dos papéis para preencher requisições de sustentação oral etc.

6) MP3 player ou algum texto para ler. Temos secretarias que demoram para atender, é bom ter com o que se ocupar ao invés de lançar mão das reclamações junto a estranhos!

7) Lembre-se sempre de fazer o Protocolo assim que chegar, para não esquecer. Entregue indicando qual é o original, qual é a cópia. E fique com a cópia na sua pastinha. Se você tiver tempo e for superlegal, vale conferir se o advogado assinou o original e se pagou as custas quando é o caso. Entregue os protocolos assim que voltar do serviço. Alguns têm que ser juntados em poucos dias. Ler art. 526 do CPC!

E mais! Geralmente encontramos uma salinha da OAB em todos os prédios para tirar xerox. Pergunte pelo mais barato sempre! Seja legal com todos, não perca a paciência se não puderem resolver seu problema imediatamente. Mantenha seu celular ligado, a espinha ereta e o coração tranqüilo!

Acho que isso pode ajudá-lo a conseguir e manter-se num estágio legal. Tomara!